Acolhimento, preocupação, atenção. Essas palavras fazem total diferença na hora do atendimento a um paciente.
E, para estreitar ainda mais os vínculos do Hospital Amparo Maternal (SP) com seu público-alvo, a Instituição aderiu ao movimento internacional What Matters to You?, promovido pela organização Healthcare Improvement Scotland. Esta ação visa aprimorar os cuidados com a Saúde com base no que realmente é importante para o paciente.
Assim como todas as Casas da Associação Congregação de Santa Catarina, o Amparo Maternal fez parte do movimento no Brasil, traduzido como O que Importa para Você? – Por Um Cuidado Centrado na Pessoa. No dia 06 de junho, a área assistencial, juntamente com a Comissão de Humanização da entidade, conversou com pacientes, dando voz às suas críticas, sugestões, elogios e, principalmente, às suas histórias de vida. “Só tenho a agradecer a todos que cuidaram do meu filho prematuro. Fico até emocionada, porque cuidaram muito bem dele. Eu vou sair daqui amamentando o meu bebê. E era o que eu queria. Vocês me deram toda a assistência que precisei. Eu confiava em ir para a casa e deixá-lo nas mãos dos profissionais da maternidade. Quando eu voltava, ele estava bem. Todos foram me dando segurança”, comentou a paciente Ana Carolina dos Santos Souza, que passou mais de dois meses com seu bebê, Caio Miguel, internado na UTI Neonatal.
Ainda durante bate-papo com a Coordenadora de Enfermagem, Lecy Merighe, e a Enfermeira Francisca das Chagas Mendes de Moraes, Ana Carolina fez mais revelações. “Eu havia engravidado e perdido um bebê com três meses de gestação. Tive aborto espontâneo. Logo depois de um mês, engravidei de novo, do Caio Miguel. Fiz uma ultrassonografia, o líquido estava reduzido, fui parar em um hospital com dores e me transferiram para cá. Ele nasceu com 1.100 kg, com infecção. Fiquei com muito medo de perdê-lo. Deus me ajudou e vocês fizeram de tudo para salvá-lo. Agora, Caio está com 2.330 kg, bem gordinho”, brincou a mamãe coruja, que acrescentou: “houve qualidade no atendimento e carinho. Eu sabia passo a passo do que seria feito com o meu bebê e, o mais importante, eu fiquei o tempo todo com ele, vendo o Caio crescer a cada dia.”
Mesmo orgulhosa desta e de outras declarações positivas referentes ao trabalho da área assistencial, a Enfermeira Francisca fez um alerta. “Fiquei feliz com os depoimentos, de saber que as pacientes estão satisfeitas com o nosso atendimento, seja da parte médica ou da enfermagem. Nós procuramos ensiná-las a como cuidar do bebê e a prepará-las, deixá-las prontas para suas missões. Contudo, temos sempre de melhorar, principalmente, a partir dos depoimentos delas”, avisou a profissional da UTI Neonatal.
Não diferente da opinião de Ana Carolina, a paciente Lucilene Santos Gradil também era só elogios à equipe multidisciplinar da Instituição. “Vocês são maravilhosos, porque ampararam a mim e à minha filha. Indo para o serviço, eu passei mal na rua. Estava de 7 meses. Entrei, fiz a ultrassonografia e a médica disse que minha bebê iria nascer naquele instante”, narrou Lucilene que, comovida, continuou. “A Sofia Gabrielly nasceu com 935 g, mas agora já está com 1.615 kg. Pegou peso só com leite materno. Aprendi a como lidar com a bebê, dar banho, amamentar direito, a sempre lavar as mãos”, complementou a mãe, após frequentar um mês de UTI Neonatal, sob os olhares atentos e emocionados da Dra. Raquel Ito, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Adriana Carneiro e Marcelle Machado, ambas da Comissão de Humanização, e Roberta Mendonça, Coordenadora de Gerenciamento de Leitos, profissionais da época.
Como conclusão, as profissionais refletiram sobre o poder de uma palavra diferenciada e uma atenção especial para cada mulher atendida. “As pacientes reconheceram a questão técnica da equipe. Elas foram notificadas de lavar as mãos e dos antibióticos que os filhos estavam utilizando. Foram bem orientadas. E a gratidão foi tamanha, que elas viram em nós um instrumento de Deus para cuidar dos seus bebês”, ressaltou a nutricionista Adriana Carneiro. “O interessante dos depoimentos das pacientes foi a espontaneidade da gratidão, por tudo o que foi feito durante as internações. Isso é, de fato, gratificante para nós, colaboradores, também. Ficamos tão preocupados em suprir as deficiências e ver onde estão as falhas para consertá-las e, muitas vezes, não conseguimos enxergar e sentir esse lado bom”, finalizou Dra. Raquel Ito.